terça-feira, 19 de julho de 2011

Sessão Temas ENEM - 01


Para a aula de hoje no Motivação, segue o primeiro tema a ser trabalhado no planejamento para a prova de redação.

Clique aqui e faça o download dos slides - TEMAS 01

Beijos do tio,
Alan Dantas.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pondo a VÍRGULA em seu devido lugar...



Quem é ela?
Trata-se de um sinal de pontuação que causa horror a muita gente... Há aqueles que colocam em excesso, deixando o texto lento e sem um pingo de coesão. Por outro lado, há os que a assasinam em seu texto, escondendo o corpo em lugares sombrios, onde ninguém acha. Nesse caso, a leitura garante uma tremenda falta de fôlego. O certo é que seu bom uso proporciona um texto coeso e traz transparência à leitura. Ou seja, não dá pra viver sem vírgulas.
De acordo com o estudioso Celso Luft, em sua obra "A vírgula", podemos conceituá-la como "sinal de pontuação que indica falta ou quebra de ligação sintática". E o que é uma ligação sintática? É a ligação entre os termos da oração (sujeito, predicado, adjuntos, objetos, etc.).

De onde vem esse termo?
Vem do latim virgula, uma aglutinação de "virga" (vara) + ula (diminutivo) = vírgula (varinha), especialmente por causa de sua forma.

Devo usá-la antes da expressão ETC?
O uso, nesse caso, é facultativo.
Ex.: Comprei profiteroles, doces, baganas, etc.
Ou apenas...
Ex.: Comprei profiteroles, doces, baganas etc.

E antes da conjunção "e"?
Em duas situações específicas.

- A primeira é quando o "e" significa "mas".
Ex.: Comprei tantas obras na Feira do Livro de Mossoró, e acabei não lendo...

- A segunda é quando o período possui orações com sujeitos diferentes e isso causa uma confusão no sentido.
Ex.: Carlos comprou uma bermuda e a atendente vendeu-lhe um shortinho.
Para que não dê a entender que Carlos comprou uma bermuda e a atendente, utilizamos a vírgula.
Ex.: Carlos comprou uma bermuda, e a atendente vendeu-lhe um shortinho.

Uma regra bem básica?
O sujeito não se separa do verbo por meio de vírgula, por maior que ele - o sujeito - seja.
Ex.: As alunas do 5º período do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido realizarão uma festa.
No caso de utilização de adjuntos ou frases adjetivas, tudo bem.
Ex.: Amy Winehouse, no auge de sua carreira, resolve ser budista e deixa de cantar.
        Amy Winehouse, cantora maravilhosamente louca, é atração confirmada do Assufolia.

Para solucionar outras dúvidas, segue, para download, o material em PPS utilizado no Motivação Pré-Vestibular, em nossa 1ª aula sobre essa tal pontuação...

Clique aqui e "envirgule-se"!!!

Beijos do tio.
Alan Dantas. (@alanfilosofia)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Santa Regência



Amados alunos, hoje, vamos estudar um pouquinho da temida Regência.

Por que chamamos "Regência"?
Assim como o regente de uma orquestra dá comandos aos músicos, alguns verbos e nomes exigem certas posturas na Língua, especialmente quanto ao uso de determinadas preposições. Isso é regência!

Por que esse assunto é complicado?
Na verdade, nenhum conteúdo de Língua Portuguesa é complicado, se mantivermos a frequência em nossa leitura. O contato com as letras é essencial para que descubramos os diversos caminhos que elas podem tomar. No caso de Regência, especialmente a nominal, não há técnicas ou macetes que colaborem diretamente com a aprendizagem, se não nos dispusermos à leitura e à escrita.

É preciso "decorar"?
Só se for a sua sala! No caso de Regência Verbal, algo que nos ajuda bastante é compreendermos a transitividade dos verbos. Isso vai nos dizer quando e qual preposição ele exige, se for o caso. Já em relação à Regência Nominal, a constante leitura, acompanhada de atenção e zelo com a Língua, fará com que ela surja naturalmente, sem grandes complicações.

Eu preciso estudar Regência para concursos públicos, vestibulares e ENEM?
Com plena certeza! Nos concursos públicos, ela sempre aparece. Nos vestibulares e ENEM, com a tendência para a interpretação de textos tão visível, ela aparece em questões que nos exigem o julgamento da norma culta da língua e da adequação do padrão de linguagem utilizado no texto em questão. De todo modo, o bom uso da Regência é essencial para nos comunicarmos bem em situações formais de comunicação. E as provinhas não fogem dessa realidade!

E no cotidiano, ela é necessária?
Veja só... Tudo depende da situação comunicativa em que você se encontra. Se o ambiente de linguagem é formal, não devo dizer "Eu namoro com Ivete Sangalo". Segundo a norma-padrão, o verbo namorar não exige a preposição COM. Assim, para esse ambiente de linguagem, o adequado é utilizar "Eu namoro Ivete Sangalo". No entanto, em situações não-formais, essa exigência não tem relevância. Poderei dizer tranquilamente a um amigo que estou assistindo o jogo, quando, em ambientes formais, deveria utilizar estou assistindo ao jogo. Segundo a regra, o verbo ASSISTIR só não utilizará a preposição A quando significar auxiliar, prestar assistência. Nos outros casos, a preposição se faz presente.

Sem mais delongas, corram para os livros e mantenham-se prevenidos quanto a esse conteúdo que de complicado não tem nada. logo abaixo, segue um material que utilizo em algumas aulas de Regência e que serve como uma excelente síntese para a sua aprendizagem.

Santa Regência

n  É a relação sintática que se estabelece entre um termo regente ou subordinante (que admite outro) e o termo regido ou subordinado (termo exigido pelo primeiro).
n  Quando o termo regente é um verbo a regência é verbal, quando é um  nome, é nominal.

Regência verbal
            Há verbos que admitem mais de uma regência. Geralmente a diversidade de regência corresponde a uma diversidade de significados do verbo. Por exemplo, o verbo agradar, no sentido de  acariciar, é transitivo direto, enquanto no sentido de satisfazer, contentar é transitivo indireto.
Observe:
            A mãe, comovida,agradava o filho choroso.
O filho choroso – objeto direto
            Suas palavras agradavam ao público.
Ao público – objeto indireto
            A identificação da regência de alguns verbos costuma apresentar dificuldade, seja devido à informalidade da língua falada, na qual muitas  construções se mostram em desacordo com o padrão culto da língua, seja porque muitos verbos têm mais de um significado e, quase sempre, mais de uma regência. Em caso de dúvida, recomenda-se consultar o dicionário.

1 – Chegar / ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.
Ex: Vou ao Colégio.  /  Cheguei a Campo Grande.
2 – Morar / residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.
Ex: Vânia mora em Brasília. /  Marília reside em Curitiba.
3 – Namorar – não se usa com preposição.
Ex: Ercília namora  Ivan.
4 – Obedecer / desobedecer – exigem a preposição a.
Ex: Os filhos obedecem aos pais.  /  O filho desobedeceu ao pai.
5 – Simpatizar / antipatizar – exigem a preposição com.
Ex:  Simpatizo com você. / Antipatizo com  você.
(Estes verbos não são pronominais, portanto, são considerados construções erradas quando aparecem acompanhados de pronome oblíquo: Simpatizo-me com  você /  Antipatizo-me com você).
6 – Preferir – este, exige dois complementos sendo que um usa-se sem preposição e o outro com a preposição a.
Ex: Prefiro dançar a fazer  ginástica.
( Segundo a linguagem formal, é errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou palavras: ante, mais, muito mais, mil vezes mais, etc.
Ex: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica.

Verbos que apresentam mais de uma regência

1 – Aspirar
  1. No sentido de cheirar, sorver, usa-se sem preposição. (Aspirou o ar puro da manhã.)
b.   No sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. (Esta era a vida a  que aspirava.)
2 – Assisti
a. No sentido prestar assistência, ajuda, socorrer: usa-se sem preposição. (O técnico assistia os jogadores novatos.)
b. No sentido de ver, presenciar: exige a preposição a: (Assistimos ao jogo).
c. No sentido de caber, pretender: exige a preposição  a: (Assiste ao homem tal direito.)
d. No sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em. (Assistiu em  Salvador por muito tempo.)
3 – Esquecer / lembrar
  1. Quando não forem pronominais: são usados sem preposição: (Esqueci o nome dela.)
  2. Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de: (Lembrei-me do nome de todos.)
4 – Visar
  1. No sentido de mirar: usa-se sem preposição. (Disparou o tiro visando o alvo)
  2. No sentido de dar visto: usa-se sem preposição. (Visaram os documentos.)
  3. No sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a: (Viso a uma situação melhor.
5 – Querer
  1. No sentido de desejar: usa-se sem preposição. (Quero viajar.)
  2. No sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a. (Quero muito aos meus amigos.)
6 – Proceder
  1. No sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição. (Suas queixas não procedem.)
  2. No sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige-se a preposição de. (Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.)
  3. No sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a: (Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.)
7 – Pagar / perdoar.
  1. Se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. (Ela pagou  a conta do restaurante.)
  2. Se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a. (Perdoou a todos.)
8 – Informar
  1. No sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:
            1. objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regidos pela preposição de ou sobre) (Informou todos do  ocorrido.)
            2. objeto indireto de pessoa (regido pela preposição a) e direto de coisa. (Informou a todos o ocorrido.)
9 – Implicar
  1. No sentido de causar, acarretar usa-se sem preposição. (Esta decisão implicará  sérias conseqüências.)
  2. No sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposição em. (Implicou o negociante no crime.)
  3. No sentido de antipatizar: é regido pela preposição com: (Implica com ela todo o tempo.)
10 – Custar
a. No sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. (Custou ao aluno entender o problema.)
b. No sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. (O carro custou –me todas as economias.)
c. No sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição. (imóveis custam caro.)

Regência nominal
Regência de alguns nomes:

Preposição
Nomes que a utilizam
A
acessível, adequado, adequado, alheio, apto, avesso, benéfico, cego, conforme, desatento, desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil, idêntico, inacessível, inerente, indiferente, infiel, insensível, nocivo, obediente, odioso, oposto, peculiar, pernicioso, próximo            (de), surdo (de), visível.

De
amante. Amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, curiosos, devoto, diferente, digno,  duro, dotado, estreito, fértil, fraco, incerto, indigno, inocente, menor, natural, nobre, orgulhosos, pálido, passível, pobre, pródigo (em), temeroso, vazio.

Com
afável, amoroso, compatível, conforme, cruel, cuidadoso,  descontente, furiosos, inconseqüente, ingrato, intolerante,  liberal, misericordioso, orgulhoso...

Contra
desrespeito, manifestação, queixa...
Em
constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco, forte, hábil, impossibilidade (de), incansável, incerto, inconstante, indeciso, lento, morador, perito, prático, sábio, sito, último (de, a), único.

Entre
convênio, união...
Para
apto, bom, diligente, disposição, essencial, idôneo,   incapaz, inútil, odioso, pronto (em), próprio (de), útil.
Para com
afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso.
Por
ansioso, querido (de), responsável, respeito (a, de)
Sobre
dúvida, influência, triunfo...


terça-feira, 12 de julho de 2011

Proposta de Redação Tipo 2 - ENSV PRÉ

Os textos abaixo servirão de base reflexiva para a sua produção textual. Leia-os com atenção e evite plágios.

Texto 1

Prostituição infantil cresce 500% em Natal
15/01/2006 - Tribuna do Norte
Itaércio Porpino - Repórter
A prostituição de menores em Natal deu um salto espantoso nos últimos quatro anos. De 2002 para 2005, a estatística só subiu, passando, nesse intervalo, de 22 para 130 casos, segundo registro da Delegacia da Criança e do Adolescente. Um aumento de 500%, muito embora a gravidade da questão não tenha se dado na mesma escala, — há sempre que se considerar a subnotificação, principalmente nos primeiros anos. Nas ruas, entretanto, é visível o quanto é difícil contar os jovens se prostituindo.

A estatística é referente às ocorrências e denúncias registradas na Delegacia da Criança e do Adolescente. O grande e gradativo aumento nos registros é atribuído, em grande parte, à maior divulgação do telefone 0800 para denúncia. O promotor de Defesa da Criança e do Adolescente, Manoel Onofre de Souza Neto, diz que principalmente em 2004 houve um trabalho intenso de divulgação desse telefone.

“Naquele ano foi realizada uma campanha grande de divulgação. Esse crescimento reflete muito a atuação da comunidade, em resposta à campanha. Nos anos anteriores aconteciam muitos casos também, mas como não se denunciava ninguém ficava sabendo. E ainda hoje há subnotificação”, disse Onofre.

O promotor, no entanto, crê que o turismo sexual infanto-juvenil esteja mesmo crescendo na cidade. Um dos fatores determinantes, segundo ele, é a questão sócio-cultural. O turismo também contribui. Com o maior fluxo de pessoas e de dinheiro, a tendência, segundo Onofre, é haver um aumento na oferta. O delegado da Delegacia da Criança e do Adolescente, Marcelo Marcos Alves de Lima, confirma a relação das denúncias e ocorrências com o turismo. “Existem muitos casos em que há essa ligação”, disse.

Segundo Manoel Onofre, Ponta Negra, Redinha e a Praia do Meio são pontos onde é possível flagrar meninas e também meninos — em número bem menor — se prostituindo. O cruzamento da avenida da Integração com a Prudente de Morais é outro ponto. Inclusive, em 2004 a TRIBUNA DO NORTE chegou a flagrar essas meninas em ação durante todo um dia.

O problema, segundo o promotor de Defesa da Criança e do Adolescente, é que o município não dispõe de políticas públicas para combater o problema. “A ação da Prefeitura é de abordagem, policialesca, portanto insuficiente e ineficaz. De nada adianta tirar essas meninas das ruas, como é feito, sem ter um trabalho articulado com outros órgãos. É preciso dar apoio psicológico e gerar renda”, disse o promotor.

De acordo com Manoel Onofre, Natal tem seu Plano Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual Infanto-juvenil, mas infelizmente as diretrizes discutidas nunca saíram do papel. “Ele foi elaborado mas falta viabilizar. Nem o eixo que trata da análise da situação saiu. E ele é um dos mais importantes para as ações começarem a ser implementadas. Tudo começa desse ponto, pois primeiro é preciso saber quem e quantos são esses jovens, onde eles ficam e de onde vêm”.

Desde o início de 2005 que Onofre bate nessa tecla. No ano passado, ele fez críticas por ocasião da divulgação do Relatório da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que incluiu 22 cidades do Rio Grande do Norte entre os 937 municípios brasileiros com problemas de exploração sexual infanto-juvenil. No relatório, Natal e Mossoró apareceram como os municípios com a pior situação. Na capital, a pesquisa detectou a existência de tráfico, turismo sexual, prostituição e pornografia de crianças e adolescentes para fins comerciais.

Texto 2

Fantástico mostrou como funciona o turismo sexual nos dois estados.
Agências na Alemanha vendem pacotes que têm mulheres como atrativo.

Do G1, em São Paulo

As polícias civis do Rio Grande do Norte e de Pernambuco começaram a apurar as denúncias de favorecimento à prostituição que foram apresentadas em uma reportagem do Fantástico, neste domingo (13).
A Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do Rio Grande do Norte vai realizar uma reunião com representantes do Ministério Público, juizado da Infância e da Juventude, das polícias Civil, Militar e Federal para investigar o que está acontecendo na região da praia da Ponta Negra, em Natal.
A reportagem do Fantástico mostrou que a praia tem muitos estrangeiros que procuram diversão em um centro comercial cheio de bares. O local funciona como se fosse uma feira do sexo. Alguns comerciantes colocam avisos em inglês: “Aqui não há turismo sexual”. Do lado de fora, na saída dos frequentadores, há venda de cocaína.
No Recife, um pacote comprado por meio de uma agência de turismo alemã sai por cerca de 1,6 mil euros, o equivalente a R$ 3,7 mil. A  hospedagem é feita em um hotel considerado como ideal para solteiros, em Boa Viagem.
O sócio do lugar contou, durante a reportagem do Fantástico, que a pousada tem as melhores camas e os melhores colchões da capital pernambucana e que nem parece uma casa de prostituição.
"Recebemos as imagens da reportagem e instauramos um inquérito policial para apurar o crime de favorecimento à prosituição", disse o delegado João Gustavo Godói Ferraz, responsável pela Delegacia de Polícia de Boa Viagem.

Texto 3

Prostituição: glamour ou destruição?

Qui, 24 de Março de 2011
*Gilmaci Santos

O filme Bruna Surfistinha é atualmente uma das maiores e mais promovidas produções cinematográficas brasileiras. Em apenas dez dias de exibição, o longa ultrapassou a marca de um milhão de espectadores. E não é por menos, o roteiro vai pelo caminho de tantas outras receitas de sucesso que procuram colocar na tela uma história baseada em um fato real. Neste caso, a história de uma prostituta que tem muitos sonhos.

Não tiro os méritos do filme enquanto produto cinematográfico, mas cabe salientar que uma produção deste tipo não esgota o assunto. A prostituição é algo que vai muito além de sonhos, decepções e bilheteria. Não sou nenhum crítico de cinema, mas como parte da população brasileira, posso falar minha opinião sobre filmes produzidos por aqui. Não acho que a história rendeu bilheteria porque se trata de uma verdadeira obra de arte, mas simplesmente pela curiosidade em ver a história de uma moça que já recheou páginas de jornal, apareceu em inúmeros programas televisivos e ficou famosa por um blog em que postava sobre suas experiências e até dava notas.
A questão é que o filme, assim como o livro e outras aparições e reportagens sobre Raquel Pacheco - retratada pela atriz Deborah Seco " tem mostrado a história de uma prostituta que se deu bem na vida. O perigo, em minha opinião, não é tratar da prostituição de uma maneira próxima, contando a história de uma moça de classe média que não precisava "ganhar a vida" dessa maneira por necessidade, mas simplesmente porque queria fazer isso para não depender de ninguém. Só que a mídia tem visto o longa apenas como uma reprodução fiel do que seria a vida de uma garota de programa em nosso país.
Neste mês, o jornalista e crítico de cinema Zé Geraldo Couto, autor de vários livros, dentre eles "André Breton - A transparência do sonho", escreveu em seu blog que o filme parece mostrar que toda a trajetória de Bruna se justifica pelo desejo de independência profissional e financeira, quase como um filme de auto-ajuda, centralizado na mensagem "acredite nos seus sonhos". Realmente, parece que alguns esquecem que a vida da maioria das pessoas que resolveram entrar nessa espécie de comércio não é tão simples assim e quase nunca acaba com a vida de glamour, que agora parece ter com uma das atrizes globais mais famosas interpretando a personagem.
Minha crítica não diz respeito ao filme, mas a toda a repercussão da história de Bruna. Os programas de TV de grande audiência muitas vezes se esquecem de mostrar o outro lado, o da prostituição como algo que nem todas querem para si. Um mundo que muitas vezes está ligado ao consumo de drogas, ao crime, destruição de famílias, tráfico de mulheres, prostituição infantil ou mesmo a contração de doenças como a Aids. Bruna Surfistinha, o filme, é apenas um recorte de uma realidade muito mais complexa e obscura. Raquel pode ter alcançado seu objetivo de chegar ao topo, mas a maioria das mulheres que resolveram seguir o mesmo caminho não chegaram nem perto desse estrelato.
*Gilmaci Santos é deputado estadual e presidente estadual do PRB. Também participa das comissões de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Economia e Planejamento.

Texto 4

Proposta

            A prostituição tem se tornado o cenário triste e degradante do turismo no Brasil, especialmente no Estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de um problema social, que tem gerado outros tantos, como, inclusive, a exploração sexual de crianças e adolescentes, como temos visto noticiado nas principais redes de comunicação. Tomando como base os textos acima e seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo, respondendo criticamente ao seguinte questionamento:
“Como enfrentar o turismo sexual no Brasil e assegurar o respeito aos valores humanos?”
·         Escreva entre 20 e 30 linhas.
·         Dê um título ao seu texto.
·         Concentre-se no tema e seja claro em sua exposição crítica.

Proposta de Redação Tipo 1 - ENSV PRÉ

Os textos abaixo servirão de base reflexiva para a sua produção textual. Leia-os com atenção e evite plágios.

Texto 1
Campanha pelo desarmamento recolhe 5,1 mil armas em um mês
Além da Polícia Federal, a pessoa também pode fazer a entrega na Polícia Rodoviária Federal, que montou mais de 60 postos em todo país
Da Redação do G1
A nova campanha pelo desarmamento completa um mês. Segundo o Ministério da Justiça, já foram entregues 5.100 armas. Na última campanha, que durou um ano, entre 2008 e 2009, foram entregues 50 mil armas. Entre as novidades atuais, é que aumentou o número de lugares de entregue. Além da Polícia Federal, a pessoa também pode fazer a entrega na Polícia Rodoviária Federal, que montou mais de 60 postos em todo país. Mas antes é preciso preencher uma guia de trânsito.

A pessoa pode pedir a inutilização imediata da arma. As polícias, inclusive, já têm equipamentos e pessoas capacitadas para esse serviço. Para a inutilização, são feitos cortes em alguns pontos da arma, e a pessoa ainda recebe uma indenização de R$ 100 a R$ 300

Texto 2

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruidos que vinham la de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.

Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.

Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:

   Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!

Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros
da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.

Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com
cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.

No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e
disse:
   Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
   Pensei que tivesse dito que não havia ninguém
disponível.

Luís Fernando Veríssimo

Texto 3

“O principal argumento utilizado para defender o desarmamento é que é imoral utilizar armas, portanto, o desarmamento seria a única saída moral. Esta argumentação não é válida, pois não é apenas a moralidade do uso de armas que está em questão, mas se trata de um projeto de lei que terá conseqüências sobre todo o país. Utilizando outras palavras, “de boas intenções, o inferno está cheio”. Com certeza, muitos irão votar a favor do desarmamento com a maior das boas intenções. Contudo, boas intenções não bastam. Temos que avaliar quais serão as conseqüências concretas de nossa decisão. E estas não são nada evidentes”.

Lucas Mafaldo, jornalista.


Texto 4

“Temos consciência que o problema é complexo e se o é ainda mais no presente culpe-se o desleixo, a ausência de medidas, a falta de seriedade para uma política realmente de segurança pública, tanto no âmbito estadual como no federal. Há anos a violência vem se alastrando, inclusive através do tráfico de drogas, e o que fizeram nossas autoridades?
Claro que agora está bem mais difícil combatê-la do que esteve há 10 ou 20 anos atrás. Cansamos de demagogia, de discursos que não são acompanhados por ações efetivas, eficientes, da falta de uma política séria para a área social, para a educação, para se evitar o aumento permanente do desemprego, etc.
Por outro lado, hoje vemos pessoas de classe média mais favorecida participando de assaltos a prédios, conforme fartamente noticiado. O bairro de Ipanema tem sido muito visado. Esta é uma nova faceta do crime que não tem causas na pobreza, talvez sim no tráfico ou consumo de drogas. Nossas autoridades parecem paralisadas, assumindo uma incompetência que tentam dissimular em entrevistas, mas não enganam mais a ninguém.
Cabe ao Estado atacar e resolver ou minimizar a um nível tolerável a atual violência, porém infelizmente não nos passa aquela confiança para nos sentirmos seguros tanto na rua quanto dentro de casa. Tudo isto forma um conjunto de verdades indesmentíveis, mas insisto que permitir que a sociedade se arme cada vez mais só deverá gerar ainda mais violência, à margem da provocada pelo banditismo, e certamente mais mortes a serem lamentadas. Não é por aí, nunca foi.“

Francisco Simões, jornalista.


A campanha contra o desarmamento e um possível referendo das armas têm sido alvo de discussão em todo o país, de modo que as opiniões se dividem bastante, fazendo deste tema uma tremenda polêmica. Baseando-se nos textos acima e de acordo com o seu conhecimento de mundo, escreva um Texto Dissertativo-Argumentativo, manifestando-se criticamente acerca da questão: “O desarmamento é uma medida válida contra a violência no Brasil?”.
·         Escreva entre 20 e 35 linhas.
·         Dê um título ao seu texto.
·         Concentre-se no tema e seja claro em sua exposição crítica.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ao Mestre, com carinho... Feliz aniversário!



Meu hoje amigo e pra sempre mestre Paulinho...

Com você, aprendi que as palavras guardam muito mais que signos em sua essência... Percebi que o mundo poderia ser melhor com atitudes simples de amor e o peito cheio de revolução... Compreendi que nada pode ser maior do que um olhar ofertado como algo sagrado e sacralizante, tornando-nos gente e nos fazendo homens de verdade...
Não é à toa que o meu carinho por você ultrapassa quaisquer impedimentos do tempo, da distância ou de uma possível (mas que não existe) incompatibilidade...
Por isso, hoje, meu amigo, este homem das reticências parabeniza o homem das exclamações que é você! Um homem que faz de cada dia uma oportunidade nova para ser feliz e motivar as pessoas...
Que o Deus da Luz, Mestre da Existência, continue a abençoar sua respiração e transpiração, fazendo delas a música de que o mundo precisa para continuar a ter a esperança de dias melhores.
Vivemos um momento de decisão em meio ao caos. E eu fico muito feliz por ser seu contemporâneo na história de uma realidade que se diz social.
Parabéns! Obrigado por nos ensinar os belos versos que compõem a fadiga humana.
Feliz aniversário!


Grande abraço do seu amigo Alan Dantas.

Respostas do SIMULADO - Aula MOTIVAÇÃO


Gatinhos e gatinhas... Segue, para download, o material utilizado na aula do dia 05.07.2011, no Motivação Pré-Vestibular.

CLIQUE AQUI PARA FAZER O DOWNLOAD DOS SLIDES

Beijos do tio Alan Dantas. (@alanfilosofia)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um poema para Lissandra


De sorriso largo e olhar maduro
Jovem na tez, de razão sem idade
Luz que alcançou meu coração de mestre
E que agora me torna aprendiz da saudade

Aprendi com você algumas palavras
Que revelam sorrisos quase verbais
Amou, fez feliz, abraçou a vida
E é merecida do trono da paz.

Que sua imagem nos seja eterna
E que nossa dor seja logo branda
Que o Deus da vida nos dê de presente
Um anjo da guarda de nome Lissandra.

Alan Dantas.